quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

06 - Presepas de Natal

O nascimento do Pequeno fora aguardado durante muito tempo. Melchior, Baltazar e Gaspar já haviam feito suas compras no shopping para evitar as filas de última hora. Melchior era o mais playbas dos três e comprou seu presente na Carla Settani da Daslu. Já a mirra dada por Baltazar era do Boticário e o incenso de Gaspar foi comprado na Paulus. Era um evento probo e, por essa razão, foi marcado no Dia de Natal.
Com a chegada do grande dia, Maria procurava um local para a realização do evento. Mas todos os amigos e familiares tiravam o corpo fora. Um não poderia abrigar aos convidados pq sua casa era pequena; outro pq iria viajar, outro pq já havia marcado outro compromisso...
Por fim, Maria conseguiu um lugar na casa da vaquinha de presépio. A vaquinha era conhecida de todos e, nessas horas de aperto, era para seu presépio que todos corriam para se abrigar.
O Pequeno nasceu e deram a ele o nome de Jesus.
Então todos apareceram para festejar seu nascimento. Vieram os amigos, vieram até a galinha e a leitoa para ajudar nas refeições. A galinha entrava com os ovos para a salada e a leitoa entrava com o pernil para a ceia. Chegaram tb Gaspar, Baltazar e Melchior e todos ficaram curiosos e fascinandos com os presentes após se refastelarem com a deliciosa refeição. Enquanto os três reis contavam aos convidados as suas aventuras pelo Oriente Maria se deliciava com a pilha de pratos na cozinha.
Depois do nascimento de Jesus o Natal nunca mais foi o mesmo. As pessoas se reunem para festejar, beber, trocar presentes, soltar rojões, gritar no meio da rua, quebrar garrafas de cerveja... Uma verdadeira presepada para homenagear os presépios da época da vaquinha. Daí a origem do nome . Todos esperam ansiosos pela meia-noite do dia 24 de dezembro.
Jesus cresceu forte, bonito e sua história se tornou conhecida por um terço da humanidade. Quando é Natal, algumas pessoas ainda lembram dele até hoje.

6 comentários:

Silvestre Gavinha disse...

Grande conto de natal.
Realmente.
E depois disso viva as presepadas.
Esse não é o país oficial???
Muito bom.

Srta. Tuppence Beresford disse...

HAHAHAHAHAHA Realmente, haja presepadas! Mas até gosto do natal mesmo assim... se bem que tenho aquela sensação de que os preparativos são muito mais divertidos que o evento em si. Ah, sei lá!

E vc conhece a Tuppence!! Olha, ainda não tinha conhecido ninguém que soubesse dela, viu? Já percebeu que sou fã, né?

bjim

Anônimo disse...

Como sabes, rato elétrico, a presepada foi abrandada pela providencial falta de energia elétrica e a conveniente chuva que molhou os singelos rojões de Natal .
Foi realmente uma Noite Feliz!
Seu texto é mais do que real.
Parabéns!

Rato Elétrico disse...

Silvestre Gavinha,
Obrigado. Este é o País das presepadas e das presepiadas. Papai Noel é um velhinho de barba que se veste de vermelho. Vc acredita nele?!!!
:-)

Sra. Tuppence,
apenas ouvi falar nela e no Tommy.
Adoro o Natal no dia 26/12 pela manhã. :-)

Joias da Família,
os singelos rojões e os ca(s)cos de cervejas já foram guardados para o reveillon!!!
:-)

Srta. Tuppence Beresford disse...

Rapaz, adorei o que vc escreveu sobre os spuds lá no blog! Isso sim é um fã decente, com discernimento e cabeça no lugar - e não uma chiliquenta enlouquecida como eu! =P

sabe que há mto tempo atrás eu ficava pensando um lance como o que vc falou? dos padrões musicias e as reações que eles poderiam causar no cérebro etc... deve ser coisa de psicóloga mesmo... ainda bem que tô saindo dessa vida!!

beijo!

Silvestre Gavinha disse...

Presado Rato Elétrico,
Ó eu aquitraveis.
Vim agradecer a visita e a história de seu episódio filosófico em Panamá City.
Sim, porque, meu amigo, sua história é ótima e o final pura filosofia.
Aliás, como todo teu blog.
Filosofia pura, sim senhor.
E de excelente qualidade.
Teus textos são divertidíssimos e geniais.
Nem vou comentar porem sobre o teu detestado apelido. O meu, durante anos, e muito antes de existir micro computador caseiro, quem dirá Corel 2.0, hehe, meu apelido era: Mosquitinho Elétrico. Cara, isso faz muuuiiiiittttoooooo tempo mesmo.
Meu segundo apelido desse gênero, foi: Bebê-de-proveta. Da época que apareceu o primeiro (a Louise Brown) e quem "pinxou ele nimim", foi um professor do terceirão chamado Rhodes.
Bem, muitos anos de terapia depois, cheguei no Silvestre Gavinha, por vontade própria.
Como diz Guimarães Rosa, "o que você mais vê de um homem, é o que ele tenta esconder".
Novamente obrigada pela visita e pela história.
Você não acha que a solução do teu mistério em Panamá City poderia até ajudar a resolver quem sabe o do Triângulo das Bermudas ??? Viajei demais né?
Abraços e um super 2009.